Descrever obras-primas é sempre difícil, a gente acaba tentando falar de tudo, aí fica um post gigantesco e confuso e você acaba não falando aquilo que realmente sente em relação ao filme, por isso nesse post tentarei ser bem direto e objetivo ao falar do meu filme favorito: PULP FICTION *-*.
Baseado nos livros pulp de antigamente que eram cheios de contos violentos, o filme segue o estilo de “várias histórias independentes que se entrelaçam” mas inova em seu roteiro não linear onde o inicio é o fim, o meio é o final, e o final é o inicio, de um jeito que brinca com nossa memória e percepção. Inicialmente, o filme é dividido em 3 histórias: a primeira mostra os criminosos Jules (Samuel L. Jackson) e Vincent (John Travolta) indo buscar uma maleta misteriosa de seu chefe Marcellus na casa de uns moleques que acaba de modo inesperado; depois temos a história da missão especial de Vicent que era entreter a mulher de seu chefe, Mia (Uma Thurman) enquanto este viaja; e fechando o ciclo temos a história de Butch (Bruce Willis), um boxeador que ganha uma luta que era para ele ter per
dido e agora tem que fugir do mafioso que o contratou para perder, que é o próprio Marcellus Wallace. No final, vemos como cada uma parte perfeitamente se encaixa na outra, fazendo com que Pulp Fiction seja um dos filmes mais bem bolados e complexos que o cinema americano já viu.
Acho o roteiro de Pulp Fiction o melhor já feito, não só pela riqueza das histórias, mas principalmente pelos diálogos. Em todas cenas, eu disse todas, tem um diálogo que não tem muito a ver com a trama, mas que demonstra os pontos de vistas dos personagens sobre coisas que nunca paramos para pensar. Os diálogos vão de nomes de sanduiches à silêncios que incomodam,
passando por regras de condutas masculinas e a sensação de matar uma pessoa, sendo assim um filme bem reflexivo e muito divertido, já que são sempre regados de muito humor negro.
As atuações são exatas, se adequam muito bem aos papéis, o que é quase um dom do Tarantino, o de escolher personagens para os atores certos. Ele conseguiu nesse filme ressucitar John Travolta num papel cool demais, tirando ele do esquecimento. Nesse filme onde o que não faltam são personagens, temos ainda participações ótimas de Tim Roth, Harvey Keitel, Christopher
Walken e inclusive uma ponta do próprio Tarantino! Gosto especialmente da atuação de Thurman nesse filme, que atinge um charme sensual e superficial incrivel, além de transparecer naturalidade e ironia, fazendo com que a parte dela no filme seja a que eu mais gosto, e sendo também uma das personagens que eu mais gosto do cinema, prestigiando assim a imagem de abertura do meu blog.
A trilha sonora do filme ficou famosa por englobar grandes hits antigos e atuais, além de se encaixarem perfeitamente ao filme. As músicas que eu mais curto são: Misirlou do Dick Dale que toca no início bombástico do filme e Girl You’lll Be A Woman Soon de Leonard Cohen.
O legal de Pulp Fiction é o modo como ele aborda seu tema principal: a violência. Ele nos mostra ela como se fosse algo comum, rotineiro na vida daqueles personagens, sem muita
melancolia e muito menos moralismo. A questão da violência no filme é tratada de modo divertido, porém ainda maduro, usando o humor negro para amenizá-la e fazê-la ser melhor ingerida pelos telespectadores. Tarantino também não faz apologia a violência como muitos acham, nesse filme principalmente ele enfatiza o lado ruim da vida dessas pessoas, mas não sendo muito moralista como eu já disse, e também não se comprometendo muito com a realidade, fazendo realmente uma ficção sobre a vida de pessoas que adotaram a violência como estilo de vida.
Esse é o tipo de filme que se assiste pulando no sofá, ele tem um ritmo envolvente e que agrada a todo momento, com ótimas tiradas, diálogos e tramas intrigantes, sendo um prato cheio para aqueles que apreciam um bom roteiro. Pulp Fiction é um filme simplesmente atemporal, acredito que daqui a 10 anos eu o assistirei e sentirei as mesmas emoções empolgantes da 1º vez, sendo este o trunfo do filmaço dirigido pelo sempre genial Quentin Tarantino.
Frases Fodas do Filme (FFF):
- “We should have shotguns for this kind of deal” -Jules (Nós devíamos ter shotguns para este tipo de trabalho)
- “Any of you fucking pricks move, and I'll execute every motherfucking last one of ya!” –Honey Bunny (Que se mova qualquer filho da puta, e eu vou matar todos os filhos da puta até restar um)
- “Say 'what' again. Say 'what' again, I dare you, I double dare you motherfucker, say what one more Goddamn time!” – Jules (Diga ‘o que’ denovo. Diga ‘o que’ denovo, eu te desafio, eu duplamente te desafio filho da puta, diga ‘o que’ mais uma maldita vez!)
Músicas Fodas do Filme:
- Misirlou- Dick Dale
- Comanche-The Revels
- Girl You’ll Be A Woman Soon- Urge Overkill
- Surf Rider-The Lively Ones
Sabe aqueles filmes cults até o último momento, então, “Sobre Café e Cigarros” é um ótimo exemplo disso, e transpira originalidade, genialidade e elegância. Não é qualquer um que vai gostar do filme. Para entende-lo é preciso calma e mente aberta.
Buscemi e os músicos Iggy Pop e Jack White. Todos tem atuações brilhantes que soam bem naturais, que caem como uma luva num filme que se sustenta apenas em conversas entre pessoas estranhas sobre assuntos estranhos.
fumaça saindo do cigarro numa tela preta e branca é muito estiloso, parece que estamos de volta aos filmes noir dos anos 40 e 50.
assistindo para pegar essa metalinguistica excepcional. A parte do Bill Murray também é sensacional, é a mais hilária do filme, onde ele interpreta si mesmo como um viciado a café que tem delírios, muito engraçado mesmo! Em algumas partes o filme pode ficar tedioso, mas são minimas, na conclusão da obra essas partes são esquecidas e o que resta é um longa fascinante.
brasileiro que conseguia atrair um bom público, lógico que não se compara com uma estréia internacional, mas se tem um número significativo, coisa que o cinema brasileiro não via faz um tempo. Foram cerca de 296 filmes lançados ano passado, sendo que houve um aumento de 79% no público para filmes nacionais. Esse número se deve especialmente a filmes como “Se Eu Fosse Você 2”, que conseguiu uma bilheteria incrível, “A Mulher Invisivel”, “Divã”, “Lula”, “Xuxa e o mistério de feiurinha” e “Os Normais 2”. Agora, saindo um pouco da analise de bilheteria que não importa muito nos bons filmes, o Brasil lançou muitos filmes diferentes, digo, filmes com histórias não convencionais ao cinema brasileiro. Ano passado tivemos filmes como “Besouro”, que foi um longa de ação com lutas estilo Matrix, uma novidade no cinema nacional, tivemos também filmes com temáticas
diferenciadas como “Apenas o Fim”, “Hotel Atlântico”, “Histórias de amor duram apenas 90 minutos” “Os famosos e os Duendes da Morte” e “Federal”, ação que conta com Michael Madsen no elenco.
Martin Scorsese se aventura mais uma vez no campo do suspense psicológico, sendo que agora ele repete a parceria de sucesso com Leonardo DiCaprio que vem dando certo nos últimos longas do diretor. Em A Ilha do Medo, ele mostra que a parceria não só funciona em filmes para prêmios, mas também em filmes de entreterimento inteligente, com uma obra que fará você dar muitas voltas na sua cabeça.
elaborado e conduzido que você depois começa a se questionar novamente sobre suas deduções sherlockianas, o que trás o filme de volta para o campo das incertezas. Acho que se não tivessem dado a tal pista, talvez a gente se surpreenderia mais no final, mas de um modo geral, isso não atrapalha muito, confiem em mim.
papéis secundários. Fechando o ciclo de boas atuações, temos a, até então desconhecida por mim, Patricia Clarkson, que dá um show de atuação no papel da assassina fugitiva que descreve para Daniels toda uma teoria de conspiração sobre a ilha, tudo de modo extremamente natural, o que me deixou fascinado não sei porque.
de vilão mais famosas e intensas da história do cinema, que fazem seu sangue gelar num segundo. A parte estética do filme é ótima, os figurinos, os cenários, as mobílias, tudo é armado com muita perfeição nos mínimos detalhes.
Sabe qual é o maior problema dos filmes que são muito esperados? Serem muito esperados. Frase óbvia e sem graça nenhuma de seu escritor que aqui vos fala, mas que caracteriza bem o que aconteceu com Nine, o musical comentadissimo do mesmo diretor do excelente Chicago. O filme foi muito aguardado pelos amantes do cinema, todos comentavam pela sua grandiosidade, pelo seu elenco estrelar e principalmente por se tratar de uma remontagem da obra prima de Fellini, e quando o dia de sua estreia finalmente chegou, derrubou um grande balde de agua fria na plateia e foi exculhambado pela critica, mesmo sendo um bom filme, me explicarei mais tarde.
Claudia (Nicole Kidman) como musa inspiradora. Na sua vida ainda há: o fantasma de sua mãe, que sempre aparece nas lembranças de Contini, a sua figurinista Lili (Judi Dench) que sempre tem bons conselhos para dar, a prostituta de sua infância Saraghina (Fergie) que nas suas lembranças ainda habita, e por último ainda tem a reporter Stephanie (Kate Hudson) que fará de tudo para saber mais da vida do misterioso diretor. No meio de tantos casos a parte a história se desenrola tentando equilibrar a criação do filme e a vida de Contini que está por um triz.
bem cansativos, tanto musicais quanto normais, por assim dizer. Acho que até talvez funcionaria melhor se não fosse musical, porque realmente se formos comparar com Chicago, as músicas não são tão empolgantes. Apenas duas me chamaram atenção, mas foram bem intensas, a da Fergie, “Be Italian”, que tem uma boa montagem e um ritmo ótimo, e da melhor cena do filme na minha opinião, cantada e encenada por Cotillard “Take it All”, que é algo inexplicavel de tão bom, só vendo pra entender. Analisando agora como um filme “normal”, ele tem uma boa intenção e na minha opinião à atinge, que é fazer a metalinguagem entre o filme Nine em si e o filme que Guido está “dirigindo”, o que é algo bem interessante e bem elaborado, e que me fez gostar do filme mesmo com os momentos borings.
fazendo poses que divertirão todos os marmanjos (me divertiu), e como sempre tem ótimas performances nas partes mais densas do longa, conseguindo mais uma indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. E Cotillard nos conquista da primeira à última cena, seu olhar expressivo, acompanhado de sua atuação formidável nos apresenta uma personagem que por mais que pareça submissa, nos surpreende e tem, como eu já disse, a melhor cena do longa. As outras mulheres ajudam a compor o cenário, mas nenhuma tem grandes participações, a não ser Dench, que não adianta, em qualquer filme que faça chamará minha atenção, é uma das melhores.