sábado, 26 de fevereiro de 2011

O Inverno da Alma- O Filme Mais Frio de Todos os Tempos

De todos os filmes da lista de indicados o único que eu não tinha ouvido falar era esse “O Inverno da Alma”. Não fiquei muito a fim de ver, seu estilo não combina nem um pouco com o Oscar, tem mais cara de filme de Festival de Cannes, mas de qualquer modo, tive que ver. No final das contas achei o filme legal, bom, mas é daqueles que a gente não quer ver de novo.

“Inverno da Alma elabora o retrato da adolescente Ree Dolly, uma jovem que vive numa região montanhosa localizada na região central dos EUA, e que, mesmo com a desaprovação das pessoas que lhe são mais próximas, atravessa a região selvagem das montanhas de Ozark, no coração dos Estados Unidos, para reencontrar o seu pai, um conceituado traficante de droga.”

O filme todo é bem frio, fazendo eco com o título do filme. A fotografia é fria (e excelente), os personagens são frios, os cenários são gelados e a história é sufocantemente fria. Se o objetivo do filme era ser o mais frio possível, parabéns conseguiu. O filme funciona como um suspense não convencional, mas acaba virando um verdadeiro filme drámatico, mostrando o quão forte essa menina teve que ser para poder sustentar sua familia e protege-la o tempo todo.

“O Inverno da Alma” tem uma visão bem crítica sobre a sociedade em cidadezinhas pequenas. Ele mostra o quão forte as mulheres nesse lugar são, determinadas e auto suficientes, porém como contradição, todas acabam ficando reféns de seus maridos, que mandam nelas o tempo todo, e muitas das vezes, até as maltratam. Além disso, o filme faz questão de mostrar o lado cruel e (adivinhem) frio das pessoas que na luta pela sobrevivência pensam apenas nelas mesmas, não oferecendo ajuda por medo de se envolverem e acabarem presos.

O que surpreende em O Inverno da Alma é, sem dúvida nenhuma, a atuação forte e determinada de Jennifer Lawrence, que foi com razão indicada ao Oscar de Melhor Atriz, sendo uma grande pena competir com duas atrizes tão fortes como Natalie Portman e Annete Bening. John Hawks que faz um velho parceiro do pai da menina no filme recebeu uma indicação também, mas nem achei grandes coisas.

Não recomendo o filme para quase ninguem, só para o povo cinéfilo mesmo (não me enquadro nesse grupo), daqueles que adoram um filme de arte francês e filmes pós-modernos de Israel. Realmente não vejo uma chance sequer desse filme levar o Oscar de Melhor Filme.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Anúncio