domingo, 22 de novembro de 2009

Bastardos Inglórios- Originalidade na 2º Guerra

  "Era uma vez numa França ocupada pelos nazistas..."
Assim começa o eletrizante novo filme do tão falado por mim Quentin Tarantino, que mostra dessa vez um outro ponto de vista da 2º Guerra Mundial, revolucionando assim esse tipo de filme, mais tarde eu explico.

O longa conta a história de vários personagens que estão vivendo na pele o clima tenso da guerra e até participando efetivamente dela. Primeiro temos a história da linda judia francesa Shoshanna- isso mesmo que você leu-, que teve sua família morta pelo exército nazista comandado pelo general Hans Landa e que agora, dona de um cinema, planeja uma cruel vingança. Também temos a história do grupo de exterminadores de nazistas que dão título do filme, os tais Bastardos Inglórios, que juntamente com uma organização secreta fazem um plano para matarem Hitler. Até o fim do filme as histórias se entrelaçam de uma maneira que só o Taranta consegue fazer, numa sequencia final que será lembrada para sempre.

Bastardos Inglórios é um filme de guerra inovador por mostrar justamente o contrário que os outros da 2º guerra mostram: judeus vingativos e violentosque prometem fazer os soldados nazistas sofrerem assim como eles fizeram seu povo sofrer, o que  é sensacional. Os judeus não são mais coitados à la Anne Frank, eles atacam os nazis sem piedade, tanto os Bastardos quanto Shoshanna que consegue ser ainda mais sádica. Até aí já dá para perceber que o filme tem cenas fortes de violência. Mas também você queria o que? Quentin Tarantino dirigindo filme de guerra. É lógico que ele ia extravassar na violência sem peso na consciência, não ia fazer filminho melodramático "A Escolha de Sofia" e a " Vida é Bela"!- são filmes ótimos, sem dúvida, mas não tem nada a ver com Quentin.

Logo de cara, o filme já mostra a sua força contando como a família de Shoshanna morreu, numa cena em que existe tensão transpirando da tela numa simples sequência em que Landa toma um copo de leite. Nesse momento temos um diálogo bem  característico dos filmes do Tarantino, que começam sem noção mas acabam ganhando profundidade e sentido em relação ao filme.Depois nos é apresentado o grupo dos Bastardos de forma bem inusitada e divertidíssima, com direito até a narração de Samuel L. Jackson, e assim a história vai se desenrolando em meio de tramas e planos contra o Nazismo. No meio disso tudo, ainda temos uma agente dupla vivida muito bem pela bela Diane Kruger.

Como sempre, a trilha sonora escolhida por Quentin é foda e  consegue, sozinha, estabelecer o clima perfeito para a cena. Nos momentos mais empolgantes, temos um rock pesado e intenso que faz teu coração bater acelerado, fazendo de uma simples sessão de cinema uma grande experiência de entreterimento.

Os personagens foram brilhantemente criados por Tarantino nos fazendo gostar de todos, sendo que quem rouba a cena é o general Hans Landa, devido a grande atuação de Christoph Walts . Outra ótima atuação é da ilustre, e até então, desconhecida Mélanie Laurent que interpreta Shoshanna de forma precisa e espetacular, de forma que conseguimos ver seu ódio contido enquanto conversa com o responsável pela morte de sua família, numa das cenas mais angustiantes do filme. Pitt também tem uma boa performance, que dá um humor negro especial ao filme, ficando com algumas das melhores tiradas do roteiro.

Dessa vez, Quentin obedece a ordem cronológica do filme, mas não obedece os fatos históricos, mostrando toda a sua audácia e dando um grande final feliz (em termos) que muitos judeus gostariam que tivesse acontecido. Esse toque final eu achei foda, deu personalidade ao filme! Não só essa parte, mas sim toda a sequência final, que realmente te deixa vibrando na poltrona e me fez lembrar o porque que eu gosto tanto dos filmes desse cara chamado Quentin Tarantino.

Outro ponto a ressaltar são as técnicas de posicionamento de câmeras que o diretor usou, que te faz ver cenas incríveis e deixam os diálogos mais dinâmicos e inusitados. Em alguns momentos, a câmera é bem rápida e mostra a cada segundo o rosto de cada um envolvido na conversa, o que é muito legal. E também temos momentos estranhos, bem estilo Tarantino, onde nos é mostrado um belo de um close numa tigela de creme como se dentro dele fosse sair um gordo com duas metralhadoras destruindo tudo. Mais uma vez, Tarantino se mostra nem um pouco convencional, e suas cenas nem um pouco clichês, quando achamos que é certo de algo acontecer, o cara nos dá um tapa na cara mostrando algo totalmente diferente, #foda .

É claro que Bastardos Inglórios não tomou o posto de obra prima do diretor, lugar ocupado pelo meu filme favorito, Pulp Fiction, mas é um ótimo filme de ação que agradou a todos os fãs do Taranta e com certeza fez muitos se tornarem. Então assim termino esse post, convidando vocês a entrarem neste grande fã clube de Quentin Tarantino assistindo a Bastardos Inglórios.

“Essa é com certeza minha obra-prima”

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