domingo, 14 de março de 2010

A Orfã-Psicopata mirim perfeita

Sem dúvida um dos melhores suspense/terror do ano passado, A Orfã consegue inovar num gênero que ultimamente só quer saber de jogos torturantes, zumbis e crianças pálidas pertubadas.

A história gira em torno de uma família, formada pelo casal Kate (Vera Farmiga) e John (Peter Sarsgaard) e seus dois filhos Daniel e Maxine, que adotam uma “simpática” menininha orfã depois que o esperado filho de Kate morre durante o parto, tentando amenizar a dor da mãe. A menina, Esther (Isabelle Fuhrman), é realmente um doce, inteligente, bonita, educada e um tanto madura para sua idade, o que encanta o casal. Tudo parece um sonho no início, apesar de Daniel não gostar muito de Esther, tudo vai muito bem com a nova integrante da família, todos a amam muito. Mas coisas estranhas começam a acontecer, assassinatos do nada aparecem ao redor da família, e eles então percebem que estão lidando com uma força acima de suas compreensões.

Por mais que eu tenha terminda a sinopse do filme com um clima meio “absurdo-fantástico”, o longa não parte, em momento algum, para a apelação de forças sobrenaturais, ele põem firmamente o pé no chão, nos dando uma terrível vilã que sim pode realmente existir. E o filme tem um tom sinistro muito legal, dando toques de terror em lugares antes nunca imaginados.

As atuações são ótimas, coisa rara em filmes de terror. O elenco é de primeira, tendo dois atores que se tornaram mais famosos ano passado, e passaram a ser conhecidos por mim graças ao Oscar, já que ambos estavam em filmes indicados. Peter Sarsgaard protagonizou ao lado de Carey Mulligan o divertido Educação, e Vera Farmiga não só abrilhantou o elenco de Amor sem Escalas como levou uma indicação de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme, e conquistou toda a minha atenção pela sua atuação formidável. Agora, em A Orfã, quem rouba a atenção, com toda a razão no filme é Isabelle Fuhrman, a promissora atriz que interpreta Esther. Ela a interpreta de maneira adulta e cruel, e ao mesmo tempo disfarçando o que ela realmente é, perfeitamente. É uma atuação mirim que deve ser lembrada. Foi uma performance que precisou da dedicação do diretor, pois não deve ser nada fácil fazer uma criança se tornar uma psicopata, fria e calculista sem que isso a traumatize.

Quando eu disse no início que esse não é mais um filme com crianças pálidas e pertubadas, não estou caindo em contradição, pois nesse filme a criança em questão não é pertubada, ela é controlada, sabe o que faz e muito bem, é uma vilã de primeira, e não uma cabeluda molhada que sai da televisão! E o que esse filme inova é a história que nos apresenta algo que não imaginamos, o seu final esclarecedor é de explodir a cabeça, e ver quais eram os verdadeiros planos da garota e seus motivos para fazer tais coisas é impressionante.

Num ritmo crescente de suspense e atrocidades, A Orfã não pode passar batido na sua lista de filmes para assistir, é um dos poucos que contrariam a minha teoria que “filme de terror bom é filme de terror antigo”! Assistam!

Um comentário:

  1. vc esqueceu de citar que fui eu quem te emprestou, tsc u.u maas adorei o texto. Toda vez que leio seu blog, fico com vontade de assistir os filmes citados u.u seu chato d:

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