Sabe quando você antes de ver o filme já sabe que ele será bom e depois que vê o filme, percebe que ele é melhor do que pensava, Distrito 9 é um desses raros exemplos de filmes que cumprem o que prometem e vão além das expectativas. Com uma dinâmica que lembra um documentário e uma história que vai muito além do que parece, Distrito 9 consegue seu lugar no Oscar com 3 indicações: Melhor Filme, Roteiro Adaptado e Edição.
Não conseguiria fazer uma sinopse tão boa quanto à original, então a colocarei: “Há 20 anos uma gigantesca nave espacial pairou sobre Joanesburgo, capital da África do Sul. Como estava defeituosa, milhões de seres alienígenas foram obrigados a descer à Terra. Eles foram confinados no Distrito 9, um local com péssimas condições e onde são constantemente maltratados pelo governo. Pressionado por problemas políticos e financeiros, o governo local deseja transferir os alienígenas para outra área. Para tanto é preciso realizar um despejo geral, o que cria atritos com os extra-terrestres. Durante este processo Wikus Van De Merwe (Sharlto Copley), um funcionário do governo, é contaminado por um fluido alienígena. A partir de então ele se torna um simbionte, já que seu organismo gera algumas partes extra-terrestres. Com o governo desejando usá-lo como arma política, Wikus conta apenas com a ajuda do extra-terrestre Christopher para escapar.”
Eu considero Distrito 9 a ficção científica com Aliens mais próxima da realidade, mais próximo de como seria se isso acontecesse. O filme não cai na mesmice de outros longas que nos dão uma visão idealizada da situação, ele afunda de cabeça nas reais consequências de um acontecimento polêmico como a chegada de aliens no planeta. Tudo é muito convincente, desde a aparência dos extra-terrestres até a decisão que o governo toma no filme, deixando o filme mais sério, mais maduro. E também, tira aquela nossa visão “Independence Day”, nada de naves espaciais ultra modernas cheias de luzinhas piscantes azuis e verdes, o filme nos apresenta aliens fudidos, com aparelhagens fudidas, sujas, estragadas, aumentando o realismo da situação desesperadora em questão.
O filme faz uma analogia quase que explícita do Apartheid, quando separa os aliens dos humanos, colocando eles no Distrito 9, que vira uma favela. Esse engajamento do filme e sua visão crítica dessa situação “passada” é sem dúvida o ponto forte do filme, e ainda ajuda a definir quem são os verdadeiros mocinhos e vilões da história, fazendo a inversão. Antes, éramos nós os coitados que os Aliens invadiam e atacavam sem piedade, agora quem estão sofrendo são eles, e nós somos os impiedosos que causamos toda a destruição, pegaram a analogia?
Vocês vão dizer que eu sou um escroto que quer a todo instante detonar Avatar e o James Cameron, e estão certos! Mas eu faço isso com razão, o cara fez um Ctrl+C Ctrl+V de todas as ficções cientificas da história, incluindo esse filme. É incrível a cara de pau dele! Em Distrito 9 temos a concepção da formação híbrida de humano com alienígena, que é usado em Avatar de forma mais bonitinha em tons azulados. Outra, na história esse humano/alienigena depois ajuda os aliens à lutarem contra os humanos, com uma explicação mais plausível do que a usada por Avatar, e também gera uma luta mais equilibrada, ambos tem boas armas, qualquer um dos lados podiam vencer, em Avatar os humanos tem mega naves com bazucas saindo para todos os lados enquanto os Na’viados tinham arcos e flechas infinitas que saiam do rabo deles, e ainda venciam, cadê a verossímilhança? Se é para termos a 1º ficção científica premiada com o Oscar de Melhor Filme, que seja Distrito 9! #morteaAVATAR
Sem mais palavras para descrever o filme, ele tem ótimos efeitos e boas atuações também, conseguiram tirar cenas emocionantes com alienigenas, o que é foda demais. Super recomendo mesmo, uma das melhores ficções científicas que eu já vi.
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