Woody Allen é um cara sensacional. Me desculpem por essa atitude de fãnatico, mas é algo inegável, Woody é um cineasta genial quando se trata de comédias dramáticas ou de dramas cômicos, ele é praticamente infálivel! Conhecido pelo seu padrão de história passada em NY, onde o que está em foco é um relacionamente peculiar entre um homem neurótico e uma mulher complexa, Woody Allen estabeleceu sua marca no cinema de filmes nesse estilo. Mas ultimamente, ele tem se aventurado e se desafiado a mudar, e posso afirmar, está conseguindo manter a excelência.
Em Vicky Cristina Barcelona, Woody abandona sua querida NY e parte para as belas ruas de (adivinhem) Barcelona. Lá seus personagens tecem suas histórias entrelaçadas de forma deliciosa e provocativa. No centro temos Vicky (Rebecca Hall) uma mulher certinha que está prestes a se casar e vai a Barcelona estudar artes com sua amiga Cristina (Scarllet Johansson) que acaba de se sair de um relacionamento errante e quer partir para outro, sendo ela um pouco mais atirada. Num restaurante de lá elas conhecem Juan Antonio (Javier Bardem), um artista charmoso e direto que as convida sem muitos rodeios para que elas voem com ele para Oliviedo para que elas fiquem na casa dele durante o verão. Vicky destesta a ideia e também o cara, ao contrário de Cristina que se apaixona de cara por ele e acaba convencendo a amiga de ir para a casa dele, e assim o fazem. Muitas coisas acontecem, até que a história chegue num ponto em que Vicky após se entender melhor com Juan se apaixona por ele e fica com remorso por ser comprometida, ele também se apaixona por Vicky, mas também passa a gostar de Cristina, que vai morar na casa dele por também estar apaixonada por este. Como se a situação não estivesse complicada o bastante, chega a ex-mulher problemática (e extremamente gostosa) de Juan, María Helena (Penélope Cruz), para morar na casa dele, já que esta tentou suicidio. Então com essa complicação toda Woody Allen se diverte dando diversos rumos para a trama e filosofando sobre a vida, o amor, as relações, o sexo, a sociedade e todo o resto.
Vicky Cristina Barcelona é sem dúvida um filme charmoso até a sua cena final. Woody Allen tem um toque que consegue dar elegância a qualquer trama que ele deseja elaborar, em qualquer lugarr, seja em New York, Barcelona, Londres, favela da rocinha, não importa, seus filmes sempre serão charmosos, e esse principalmente por ter um elenco impecável! Na boa, esqueçamos o Javier Bardem, ele tem uma boa atuação e tals, mas nossos olhos (nós homens e as lésbicas) estarão olhando apenas para o trio feminino enlouquecedor! Rebecca Hall é a menos bonita (o que já quer dizer que o resto é foda), ela não desenvolve seu lado sensual, seu papel é a de intelectual formal, mas não deixa de ser belíssima. Scarllet Johansson é uma perfeição, seu rosto, seu corpo, nossa, ela é fantástica e soube encarnar bem o seu papel, ficando com o segundo lugar de mais bela. Agora, com muita certeza que falo isso, Penélope Cruz é a mais sensacional de todas presentes no filme, e provavelmente no mundo do cinema! Sua beleza fora do comum, seu corpo bem modelado aos toques espanhóis, seu olhar forte e convicto, e sua atuação arrebatadora faz dela uma atriz magnífica, porque acima de toda a sua perfeição ela ainda atua bem, então é do tipo com quem se casa (Penélope, quer casar comigo?). Sua personagem é a mais interessante de todas e caiu feito uma luva para ela! María Helena é uma mulher maluca, deprimida, auto destrutiva, mas encantadora ao mesmo tempo, e extremamente sensual em cada coisa que faz, ela rouba a cena sem dó nem piedade. Além disso, é mente aberta como Juan, e aceita um relacionamento a três juntamente com Cristina, o que nos dá belas cenas, poucas, porém belas cenas…
Uma coisa marcante em todo filme de Allen é a sua preocupação com o cenário e a trilha sonora, que nesse longa estão andando em perfeita harmonia. O lugar escolhido para a história é incrível por si só. As ruas de Barcelona são supremamente charmosas devido a sua arquitetura rústica, e isso somado a uma trilha sonora bem característica do país entonadas por guitarras espanholas faz de Vicky Cristina Barcelona uma verdadeira obra de arte requintada, do tipo que se aprecia tomando vinho numa noite fria.
Outra coisa que não podia faltar num filme de Allen são seus diálogos bem armados e naturais, que fogem um pouco do estilo paranóico dos seus filmes mais antigos e se tornam mais voltados as relações entre os personagens e as decisões que tomarão num caráter mais sexual, porque o longa no geral é bem sensual. Em Vicky Cristina Barcelona não temos os famosos monólogos neuróticos dos filmes de Allen, mas temos ótimas conversas que refletem sobre o que vale a pena na vida.
Mesmo sendo Woody Allen um gênio, não são todos que gostam do estilo dele. Muitos repudiam, até mesmo cinéfilos, acham que ele é muito enrolado e suas histórias sempre terminam como começaram, sendo assim, Vicky Cristina Barcelona não é o tipo de filme que recomendo a todos. Mas para quem gosta de comédias sobre relacionamentos complicados e arte, este é um excelente filme que agradará bastante com todo o seu charme, elegância, sensualidade e Penélope Cruz!
Scarllet Johansson+Penélope Cruz+Mente Aberta=épico sensual
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