Quando vi os cartazes desse filme nos cinemas me deu muita vontade de assisti-lo por inúmeros motivos: o diretor, que é consagrado em filmes de ação como Colateral e Fogo Contra Fogo (Michael Mann); o elenco composto por um trio muito bem alinhado, Johnny Deep, Christian Bale e a belissíma Marion Cotillard; o tema, que é um dos meus favoritos, histórias de gângsters; e todo o visual dele que prometia e cumpriu muito bem. Mas mesmo assim, ainda não foi um filme que eu adorei 100%, explico mais tarde.
A história baseada em fatos reais mostra os grandes roubos e a vida conturbada do famoso ladrão da época da depressão americana, John Dillinger (Deep) e sua gangue de mafiosos que levavam a vida roubando grandes bancos com uma astucia incrivel. Cansados dos crimes de John, inicia-se na polícia uma grande caça ao ladrão liderada pelo agente J. Edgar Hoover (Bale) que prometia colocar em cana Dillinger e qualquer um que desafiasse a lei, propondo uma revolução no exterminio do crime organizado. Dillinger no meio da história acaba se apaixonando pela bela Billie (Cotillard) colocando agora não só em risco ele, mas também seu novo grande amor. Com um final até um pouco emocionante, o filme mostra mais que um ladrão, mostra uma pessoa.
Como bom filme do Michael Mann, o longa não deixa a desejar nas cenas de ação, onde as armas da época dão um estilo excepcional nas batalhas. O filme já começa explodindo, mostrando Dillinger fugindo da prisão com toda sua audácia e sua força diante dos guardas. Um único ponto q eu não gostei, mas isso é mais questão de gosto do que de erro do diretor, é a questão dos movimentos da câmera que em alguns momentos parecem ser imagens de um documentario ou clipe musical estranho, creio que a ideia de Mann era tentar passar uma imagem de realismo ao filme e tals, mas sei lá, um filme tão estiloso como esse tinha que ter uma câmera mais focada, e não “imagens de um cenegrafista amador”, entende?
As atuações são formidaveis, Deep, assim como disse uma das minhas leitoras (únicas), não funciona só com o Tim Burton, seu desempenho demonstra a todo instante segurança, ousadia e ao mesmo tempo empatia, transformando um ladrão terrível dos anos 40 em um grande herói, uma inversão de papéis que é possível com apenas uma simples mudança de ponto de vista, de modo que se vissemos a história a partir do ponto de vista de Hoover, John seria um grande vilão fdp! Cotillard está ótima como sempre, carregada de emoções em suas falas na medida certa. Bale é o q fica um pouco atras, mas ainda assim consegue seguir o ritmo do elenco.
A reconstrução histórica está perfeita em cada detalhe, os cenários, os figurinos, os carros e as armas como já foi dito, tudo muito bem alinhado, compondo a estética perfeita para um filme de gângster.Gosto muito do filme pelo seu estilo, é uma época muito refinada. Recomendo a todos que gostam desse estilo, como eu, principalmente pq faz tempo que o cinema não produz um filme de gângster dessa qualidade, digo, até teve aquele do Ridley Scott com o Denzel Washington e o Russel Crowe (O Gângster), mas não foi lá grandes coisas, enfim assistam Inimigos Públicos, não se arrependeram.
“Bye Bye black birdie”
Nenhum comentário:
Postar um comentário