quinta-feira, 3 de junho de 2010

O Clube do Filme-Prova de amor ao cinema e à vida!

Se tem um livro que eu indico para qualquer um, independente que seja cinéfilo ou não, é “Clube do Filme”. Quem é cinéfilo adora, quem não é também adora e vira cinéfilo, se não vira, pelo menos faz uma lista de filmes citados no livro que quer ver, é impressionante. Digo desde já que não é um livro com dicas de filme, mas sim, (pasmem) uma ficção com traços verídicos.

 

O livro conta a história de David Gilmour (o autor do livro) um crítico de cinema desempregado que está passando por um momento difícil em sua vida. Ele é separado e tem um filho de 15 anos que não quer saber de estudos, só tira zeros e é reprovado. Eis então que vem uma ideia surreal na cabeça de Gilmour, diante da situação de total desprezo do garoto pelos afazeres escolares ele lhe propõe um trato: o garoto saía da escola e não precisaria nem trabalhar, mas teria que ver pelo menos 3 filmes escolhidos pelo pai, e com o pai, toda semana (me adota)! Como crítico de cinema, Gilmour só escolhia a nata cinematográfica para mostrar ao filho, e sempre fazia referências, comentários e ensinando o filho a prestar atenção aos detalhes dos filmes, dando assim ao menino boas doses de cultura. Com esse “Clube do Filme”, os dois que antes não eram tão próximos começam a criar maiores vinculos através da paixão pelo cinema, e ajudam um ao outro em suas dificuldades pessoais além de aprenderem lições de vida através dos filmes, sendo assim, depois da criação do “Clube do Filme” a vida deles nunca mais foram as mesmas…

 

Com uma escrita rápida e divertida, permeada por críticas de cinema o livro é delicioso de se ler. É muito legal ver como os dois com o passar do tempo se tornam mais intimos, e como eles conseguem fazer referencias a filmes que tenham assistido enquanto passam por problemas do dia a dia. As conversas soltas, regadas por palavrões e besteiras de vez em quando, são divertidíssimas, sem moralismos ou paternalismo exagerado, os dois conversam como dois caras, mas sempre com respeito, o que se torna um dos pontos altos do livro. Além disso, a cultura cinematografica que nos é apresentada é excelente, pega dos clássicos franceses aos cults americanos dos anos 80, e sempre antes deles assisti-los Gilmour explica fatos curiosos do filme e na maioria das vezes explica o porque deles estarem assistindo tal filme, é algo delirante de tão bom de se ler.

 

Como disse no 1º paragrafo, indico o livro para todos, cinéfilos ou não, pois no fim das contas, o que está em foco é a relação legal construída entre pai e filho, e os filmes servem apenas como ponte de ligação entre os dois. Não deixem de ler essa prova de amor ao cinema e à vida, não se arrependerão mesmo!

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